Mulheres na Tecnologia: enfrentando as barreiras nos cursos e carreiras de Publicidade

Apesar dos avanços nos debates sobre equidade de gênero, as áreas tecnológicas continuam sendo ambientes desafiadores para mulheres — inclusive dentro da Publicidade. Da formação acadêmica às posições de liderança, ainda há um caminho longo a ser percorrido.

A raiz do problema: a formação desigual

Desde os primeiros semestres dos cursos de Comunicação e Publicidade, já é possível perceber a divisão de gênero nas áreas de atuação. Enquanto as mulheres predominam nas disciplinas de branding, criação e planejamento, os campos de tecnologia — como mídia programática, BI, automações e análise de dados — ainda são majoritariamente masculinos.

Essa divisão não acontece por acaso. Barreiras estruturais como:

  • Falta de representatividade feminina em cargos técnicos
  • Pouco incentivo à atuação em áreas STEM (ciência, tecnologia, engenharia e matemática)
  • Ambientes de ensino marcados por machismo sutil ou explícito

… acabam limitando o interesse e a permanência de mulheres nesses espaços.

O reflexo no mercado de trabalho publicitário

Essa desigualdade acadêmica se reflete no mercado. Em muitas agências, ainda é raro ver mulheres liderando áreas como tecnologia, dados ou automação. Além disso, o preconceito de gênero se manifesta em pequenas atitudes: a dúvida sobre a capacidade técnica, a exclusão de reuniões estratégicas, ou a romantização do “multitasking” feminino como justificativa para sobrecarga.

A consequência é direta: menos oportunidades, menos reconhecimento e, muitas vezes, salários mais baixos.

Como reverter esse cenário?

Para transformar esse panorama, é preciso uma mudança de cultura — nas universidades, nas agências e nas lideranças. Algumas ações concretas incluem:

  • Mentorias entre mulheres: criar redes de apoio entre profissionais mais experientes e estudantes ou iniciantes.
  • Incentivo institucional: oferecer bolsas e programas de incentivo para mulheres nas áreas técnicas da Publicidade.
  • Capacitação contínua: promover treinamentos internos que reforcem o papel das mulheres nas decisões tecnológicas.
  • Combate ao viés de gênero: revisar processos de contratação e promoção, garantindo critérios mais equitativos.

A responsabilidade das agências

Empresas criativas e tecnológicas, como a Diversa Studio, têm um papel fundamental nesse movimento. Não basta apenas abrir espaço: é preciso criar um ambiente seguro, respeitoso e que valorize o protagonismo feminino em todas as áreas, inclusive na tecnologia.

Conclusão

Falar sobre mulheres na tecnologia dentro da Publicidade é reconhecer uma lacuna histórica e agir para preenchê-la. Um setor verdadeiramente criativo precisa ser, antes de tudo, inclusivo. E isso só acontece quando há espaço para que todas — e todos — desenvolvam seu potencial por completo.


Quer construir uma comunicação mais inclusiva e representativa com a sua marca? A Diversa Studio pode ajudar. Fale com a gente e leve diversidade para dentro e fora da sua empresa.

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